PRF: Tiroteio no RJ

Violência
Motorista morto na Dutra era assessor de candidato a deputado envolvido em escândalo que derrubou cúpula da PRF

Publicada em 24/09/2010 às 19h48m
O Globo

Comente
Comentários

RIO - Foi identificado como Amarildo Machado dos Santos, de 43 anos, o motorista do Santana morto por bandidos, na tarde desta sexta-feira, na Rodovia Presidente Dutra. Amarildo era assessor do candidato a deputado federal Marcelo Lessa (PR), envolvido no escândalo que derrubou a cúpula da Polícia Rodoviária Federal (PRF) , na última sexta-feira, por suspeita de corrupção. Nesta tarde, além de Amarildo, um bandido foi morto em um intenso tiroteio, que chegou a provocar o fechamento da Rodovia Presidente Dutra por cerca de 10 minutos.

Segundo a assessoria da Polícia Rodoviária Federal, por volta das 14h30m, agentes flagraram o homicídio de Amarildo, que dirigia em um Santana vermelho, e trocaram tiros com os dois bandidos, que estavam em uma moto, na pista sentido Rio, próximo à entrada de Belford Roxo. Três agentes da PRF estavam passando pelo local, na pista sentido Baixada Fluminense, escutaram os tiros e desembarcaram. Segundo a PRF, os criminosos atiraram contra os policiais. Durante o confronto, o motorista da moto morreu no local, e o carona foi atingido pelo menos duas vezes.

O caso está sendo investigado pela 53ª DP (Mesquita). O motorista do Santana levou diversos tiros e não teve nenhum pertence roubado. Baleado, ele ainda perdeu a direção e colidiu contra uma mureta. Os policiais são da 4ª delegacia da PRF, localizada na Rio-Teresópolis, e estavam à paisana, pois haviam acabado de deixar um congresso para ir almoçar no Rio.

Marcelo Lessa era terceiro na hierarquia da PRF no Rio

A cúpula da PRF foi afasta após uma investigação da Polícia Federal que apontou o envolvimento de agentes em um esquema de liberação de veículos em situação irregular apreendidos na Via Dutra. Os dez envolvidos foram denunciados pelo Ministério Público. O principal envolvido no caso, é o candidato a deputado federal Marcelo Lessa. Ele era o terceiro na hierarquia da PRF no Rio e chefe substituto de policiamento de fiscalização. A quadrilha recebia propinas principalmente de três empresas de ônibus: Rubanil, Transmil e Tinguá. Veículos em condição irregular (sem condições de trafegar ou com problemas de documentação) que tinham adesivos de Marcelo Lessa eram liberados pela fiscalização no posto da Pavuna.

Leia mais:




http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/09/24/motorista-morto-na-dutra-era-assessor-de-candidato-deputado-envolvido-em-escandalo-que-derrubou-cupula-da-prf-921131171.asp