segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Juiz é baleado após fugir de blitz da Polícia Civil no RJ

Afastados agentes envolvidos em blitz no Grajaú, no Rio

1 hora, 54 minutos atrás

Os seis agentes civis que participavam na noite de sábado da blitz montada na Estrada Grajaú, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro, foram afastados de seus cargos hoje.
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A informação é da assessoria da Polícia Civil.

Na ocasião, o juiz trabalhista Marcelo Alexandrino da Costa Santos, de 39 anos, o filho dele, Diego Lopes, de 11, e sua enteada, Natália Lucas Cuker, de 8 anos, foram baleados ao tentar fugir da blitz.

Segundo a corporação, os policiais foram afastados de suas funções e deverão prestar serviços administrativos até o fim das investigações. Testemunhas já foram ouvidas.

O caso está sendo investigado pela Corregedoria Interna da Polícia Civil.

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Dom, 03 Out, 11h32

RIO -Os policiais envolvidos na blitz em que o juiz trabalhista Marcelo Alexandrino da Costa Santos, o filho dele e a enteada foram baleados poderão ser exonerados. A informação foi dada, domingo, pelo chefe da Polícia Civil, delegado Allan Turnowski, que determinou que o caso seja investigado pela Corregedoria Interna da Polícia Civil. Segundo ele, os policiais que participavam da operação foram afastados até a conclusão das investigações. Para Turnowski, mesmo que houvesse a participação de um carro ocupado por criminosos, conforme a versão dos policiais civis, a reação foi inadequada.
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- Se eles apenas erraram ao atirar, a punição será severa. Mas, se for comprovado que mentiram, serão exonerados, pois é caso de desvio de caráter - disse, acrescentando que policiais, por terem porte de arma, precisam ser cautelosos ao agir, evitando arriscar vidas. - Sempre que há inocente baleado, há erro.

O chefe da Polícia Civil, que visitou o magistrado e conversou com seus parentes, diz que o próximo passo é colher o depoimento oficial do juiz. Ele explica que também esteve no local do tiroteio, onde foram encontrados fragmentos de balas.

- Fizemos uma perícia no local do crime e apreendemos as armas dos envolvidos. Agora, vamos verificar se os tiros partiram, de fato, das armas dos policiais- conclui Turnowski.

O chefe da Polícia Civil garantiu ainda que a blitz que assustou o juiz não era falsa. Segundo ele, a ação fazia parte da Operação Duas Rodas, que ocorria simultaneamente em diversos pontos do estado.

O tenente-coronel Djalma Beltrami, comandante do 18º BPM (Jacarepaguá), disse domingo que, como acontece rotineiramente, havia um carro da PM próximo ao local na hora em que o juiz foi baleado, mas que a presença de um segundo veículo com criminosos é desconhecida pelos policiais militares que estavam na patrulha. Segundo ele, quando a PM chegou ao local, toda a ocorrência havia sido assumida pelos policiais civis, e nenhuma colaboração foi solicitada para o cerco e a localização de um suposto segundo veículo de cor escura. Domingo, o delegado adjunto da 41ª DP (Tanque), Antonio Bertrand, não quis dar entrevistas.

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