sexta-feira, 2 de julho de 2010

Luis Inácio falou, Luis Inácio avisou...


Movimento sindical
Lula critica sindicalistas e afirma que 'greve é guerra, não férias'

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou hoje (16) os movimentos sindicais que atualmente fazem greve no Brasil. Lula disse em Manaus que, diferentemente da época em que era dirigente sindical, as greves de hoje viraram “uma coisa maluca” e comparou algumas ações dos grevistas às ações dos traficantes dos morros do Rio de Janeiro.

“Hoje, mudou esse negócio de greve. Agora, não precisa mais fazer greve. No meu tempo, fazia passeata de milhares de pessoas para o governo poder ter medo. Hoje, eles contratam primeiro um cara para colocar faixa, aí vai um cara na frente e enche de faixa. Depois, contrata um cara com uma corneta, como essas vuvuzelas da África do Sul, para tocar o dia inteiro, e também um cara para soltar foguete de três em três horas. Parece aquela meninada avisando para o narcotráfico correr nas favelas. Virou uma coisa maluca”, disse Lula.

Durante cerimônia de assinatura de contratos do programa Minha Casa, Minha Vida na capital amazonense, Lula criticou os funcionários da Caixa Econômica Federal que, logo após o lançamento do programa, entraram em greve. “Depois de tantos anos sem a Caixa lançar nenhum programa novo, de maneira irresponsável eles entram em greve”, disse o presidente.

Lula ainda criticou a postura de alguns dirigentes sindicais que promovem paralisações e, em seguida, reclamam do corte dos dias parados.

“Quer ver alguém aprender a fazer greve é ele perder os dias. Fiz greve na minha vida inteira e fiz as maiores. Fazia assembleia com cem mil trabalhadores e nunca pedi para reivindicar os dias parados. Greve é guerra e não férias. Se o cara faz greve e recebe os dias parados, os domingos e ainda vai reivindicar hora extra, que diabo de greve é essa?”, questionou.

Lula reafirmou que nunca reivindicou o pagamento dos dias parados e aconselhava àqueles que faziam esse pedido que não aderissem à greve. “Foi com essa responsabilidade que me transformei em um importante dirigente sindical do país porque tinha coragem de começar uma greve e muito mais de terminá-la. Agora está cheio de gente que decreta greve e não tem coragem de mandar parar a greve. Aí não é liderança”.

Fonte: Correio Brazili

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