terça-feira, 27 de julho de 2010

O colete salva vidas



Existem duas formas de ganhar experiência como policial: aprendendo com os próprios erros e observando o dos outros. Muito embora a doutrina seja passada nas academias é no cotidiano que ela é realmente aplicada e firmada.
Um fatídico episódio ocorrido em Salvador em março de 2009 chamou atenção para o uso do principal item de segurança de um policial: o colete balístico. Três agentes da Polícia Federal foram à comunidade Nova Divinéia, área conhecida do tráfico de drogas soteropolitano, entregar uma intimação referente à crime eleitoral. Ao subirem uma viela, três bandidos teriam avistado a arma na cintura de um dos policiais, atirando contra ele.
O policial federal foi morto ao ser alvejado duas vezes no abdômen. Apesar da notícia não deixar claro, muito provavelmente o papa fox estava sem colete. Essa lamentável e gratuita morte levanta a questão do porquê de boa parte dos policiais brasileiros ainda evitarem o uso deste item de segurança.
Independentemente da natureza da instituição policial, seja ela ostensiva ou investigativa, o uso de proteção balística tornou-se indispensável. Policial não pode trabalhar despreocupadamente como se fosse oficial de justiça ou guarda municipal. Com a criminalidade nas alturas, ocorrências de confronto com marginais aumentaram exponencialmente nos últimos anos, não havendo nem hora nem lugar para tiroteios.
Portanto é absurdo nos dias de hoje que o policial opte pelo conforto em detrimento à segurança. O clima tropical ou a aparente tranqüilidade do local não são desculpas para baixar a guarda porque as coisas acontecem justamente quando não se espera. O policial moderno deve estar sempre com sua arma em condições de tiro e com seu colete muito bem ajustado, pois a merda sempre acontece quando menos se espera...


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