segunda-feira, 21 de junho de 2010

Legitimidade real = SINDICALISMO DE VERDADE


Nacional

17/06/2010

Sindicatos da PF
AGE decide manter estado de greve »

Os sindicatos de policiais federais aprovaram nesta quarta-feira, 16, durante a Assembléia Geral Extraordinária da Fenapef, a manutenção do estado de greve da categoria. Na avaliação dos sindicatos, a decisão de manter o estado de greve obedece a estratégia das entidades. Esta semana, representantes da categoria se reuniram com o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto e com o assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Swenderberger Barbosa. Na pauta, entre outros temas, a reestruturação salarial.

Na próxima semana os sindicatos e a Federação devem retomar o diálogo com o ministério do Planejamento. Os policiais pedem a fixação de um calendário de negociação da categoria com o governo objetivando chegar a um consenso.

Durante a assembléia da categoria o presidente da Fenapef, Marcos Vinício Wink, se solidarizou com o movimento feito pelos policiais civis do Distrito Federal que estão mobilizados, inclusive com a realização de paralisações, mas até agora não conseguiram avançar na negociação com o governo. “Sabemos que integrantes do governo tentam jogar os policiais civis do DF contra os policiais federais, mas não vão conseguir”, frisou.

Marcos Wink disse que a estratégia de dizer a uma categoria que não pode conceder reajuste, porque a outra também vai querer é terrorismo sindical. “Os policiais civis e federais estão trabalhando em sintonia e não admitem este tipo de manobra divisionista”, ressaltou.

LEI ORGÂNICA – As entidades sindicais destacaram também a importância do trabalho que está sendo feito para aprimorar o texto da Lei Orgânica da Polícia Federal. Durante a AGE, os policiais conversaram com o relator da matéria, deputado Laerte Bessa (PSC-DF) e com o membro da Comissão Especial que avalia o projeto, Paulo Pimenta (PT-RS). No encontro, policiais falaram sobre ampliação das atribuições e foram informados que o relatório será elaborado em parceria com a categoria.

Policiais Civil do DF em greve geral

A Polícia Civil entra em greve a partir das 8h deste sábado. Com isso, as delegacias do Distrito Federal farão somente boletins de ocorrência de flagrantes e de crimes hediondos, que envolvam morte, como acidente com vítimas, homicídio e latrocínio (roubo seguido de assassinato). Aproximadamente 2 mil servidores da categoria decidiram ontem pela paralisação por tempo indeterminado, em assembleia realizada à tarde no Parque da Cidade. A corporação reivindica um reajuste de até 33% nos vencimentos, percentual que poderia ser pago de forma gradativa até setembro de 2012. A correção, no entanto, foi negada pelo governo federal, que custeia a área de segurança pública do DF.

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF), Wellington Luiz de Souza, lamenta os prejuízos que a paralisação causará aos brasilienses. “A população receberá esclarecimentos de como vão ser os trabalhos daqui em diante”, disse. Souza enfatiza que, apesar da interrupção nos trabalhos, os agentes e delegados não deixarão de ir às unidades policiais. “É uma greve qualitativa e não quantitativa. Os plantões seguem normalmente, mas somente os serviços essenciais serão realizados”, explica.

Segundo representantes da categoria, o último aumento salarial da Polícia Civil foi de 3%, concedido em janeiro de 2009. A remuneração dos profissionais da corporação varia de R$ 6 mil a R$ 10 mil. Eles lutam pelo aumento salarial e pela reestruturação da carreira. O vice-presidente do Sinpol, Ciro José de Freitas, afirma que as negociações da cúpula de segurança pública com a União começaram em agosto passado. Segundo ele, o governo local concordou com as reivindicações e encaminhou o pedido ao Executivo federal. “É preciso que um projeto de lei ou uma medida provisória sejam encaminhados ao Congresso Nacional. O processo parou aí”, detalha.

Apoio

O presidente da Federação Nacional dos POliciais Federais, Marcos Vinício Wink, frisou que a entidade apóia a iniciativa dos colegas da Polícia Civil. Wink se solidarizou com o movimento feito pelos policiais civis do Distrito Federal que estão mobilizados, mas até agora não conseguiram avançar na negociação com o governo. “Sabemos que integrantes do governo tentam jogar os policiais civis do DF contra os policiais federais, mas não vão conseguir”, frisou.

O coordenador do Fórum das Associações dos Policiais Militares e Corpo de Bombeiros do DF, coronel Mauro Manoel Brambilla, apoia a greve da outra corporação. “O movimento é legítimo. Não se trata de uma reivindicação de última hora”, avalia. Segundo ele, a PMDF e os bombeiros atenderão somente crimes e incidentes que caraterizem ameaças à integridade física do cidadão. “Está ocorrendo um episódio desrespeitoso à autonomia administrativa do Distrito Federal”, ressalta. Os policiais militares também esperam o mesmo aumento dos civis.

Os chefes das unidades de Polícia Civil continuarão trabalhando normalmente. No entanto, o presidente do Sindicato dos Delegados do DF, João Carlos Lóssio, avisa que a tendência é eles aderirem à paralisação. A decisão será tomada em assembleia na próxima quinta-feira. “Alguns são filiados ao Sinpol. Nada impede que eles interrompam os serviços desde agora”, pondera. No começo deste mês, os policiais civis fizeram uma paralisação-relâmpago de 48 horas e avisaram que poderiam entrar em greve geral caso o reajuste não fosse concedido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário